Recentemente, tive a oportunidade de participar de um torneio ao vivo aqui no Rio, algo que sempre me traz uma mistura de adrenalina e emoção. Mas, dessa vez, algo especial aconteceu. No meio do torneio, olhando ao redor das mesas, reconheci uma figura que fez parte da minha adolescência: Gabriel Pensador. Ele estava lá, jogando o mesmo torneio que eu! Era surreal estar no mesmo espaço que alguém cuja música me acompanhou durante anos.
No intervalo, não perdi a chance. Fui até ele, trocamos algumas palavras, e ainda fiz um story no insta para registrar o momento. Gabriel é um entusiasta do poker e joga sempre que há torneios no Rio. O meu eu mais jovem estava extasiado por estar vivendo aquilo.
Voltamos ao torneio, e as horas passaram. Minha pilha de fichas cresceu, e para a minha surpresa, fui remanejado para a mesa onde ele estava. Agora, eu estava jogando lado a lado com o Gabriel Pensador! Era difícil conter a empolgação.
Então, aconteceu a mão que tornou aquela noite inesquecível. Eu estava no big blind, e Gabriel, no UTG1, decidiu dar all-in. Todos os outros jogadores na mesa foldaram. Quando chegou a minha vez, olhei minhas cartas: um 10 e um 7 de espadas. Eu tinha fichas o suficiente para arriscar, e, mesmo sabendo que era um fold claro, pensei: “Se eu pago e ganho, vou poder contar pros meus amigos que eliminei o Gabriel Pensador de um torneio”. Com esse pensamento, dei o call.
Ele abriu suas cartas e, para a minha surpresa, tinha AA – simplesmente a melhor mão pré flop do poker. Achei que já tinha perdido, mas o flop bate um 5♣️, 2♥️, e 7♦️. O turn foi um J♠️, e, por fim, no river, bateu o 10. Fiz dois pares e eliminei o Gabriel Pensador.
Ele ficou visivelmente desapontado, mas fui até ele e disse: “Desculpa, irmão, eu tive que pagar pra contar pros meus amigos”. Ele riu, apesar do resultado, e o momento ficou gravado na minha memória como uma das histórias mais legais da minha carreira no poker.
Muito bom relato, o poker sempre com emoções à parte!