Saudações leitores do Cardmates!
Estou de volta para continuar contando a minha história... nesse post vou focar mais em como foi o meu processo de me realinhar mentalmente e conseguir focar no que realmente é importante para alavancar minha carreira como profissional de Poker.
No final de 2023 me vi sem rumo. Tinha saído do 4bet há alguns meses e ainda não tinha conseguido alinhar como gostaria de seguir com a minha carreira. Marketing, grind? Será que voltar para a psicologia era uma opção? Essas foram algumas coisas que passaram pela minha cabeça e eu não sabia dizer o que realmente queria. A sensação de "não ser realmente boa em nada" ecoava na minha cabeça em forma de autossabotagem. Eu me indignava de não ter conseguido ser uma profissional de poker decente (ou seja, ter uma lucratividade consistente). Os números do sharkscope me assombravam e eu não conseguia valorizar minha evolução e nem valorizar o que conquistei fora do online, mas que veio do poker.
O ano de 2024 começou e eu resolvi procurar ajuda profissional para me auxiliar e a partir daí comecei a tomar algumas decisões. Decidi voltar aos estudos, voltar a jogar para um time - pq entendi que eu funciono bem melhor quando existe alguém para me guiar. Todas as vezes que tentei jogar por conta, não tinha consistência, disciplina e nem rotina. Fui morar com meu namorado, que também é jogador de poker, e alinhar as nossas rotinas, que são bem parecidas, fez tudo fluir bem melhor. Fora o apoio dele, que foi fundamental. Ele, sendo mais experiente, conseguiu me ajudar a focar no que posso controlar e aceitar o que eu não posso.
Desde então, estou tendo mais consistência de estudos e sinto que estou conseguindo absorver melhor os conhecimentos. Não tive resultados surpreendentes (ainda! rs), mas, pelo menos, estou conseguindo executar as coisas que estão no meu controle!
Nisso, chagamos ao time: o Midas. O Midas é um time muito organizado e que se preocupa com o player. Recomendo ele de olhos fechados para as pessoas que me procuram em busca de informações de como iniciar no poker. O Midas está sendo fundamental para minha evolução. Lá consigo discutir mãos, torneios, analisar meus erros, trocar com pessoas mais experientes do que eu, fora todo suporte.
Essa foto sou eu jogando o campeonato brasileiro live pelo Midas. Fiquei muito feliz de representar meu time lá. Apesar de não ter conseguido resultado, é sempre bom estar próximo a nossa comunidade! Principalmente no nosso estado.
Eu volumo cerca de 600 torneios por mês, rodo ou analiso pelo menos uma mão por dia, faço 2 reviews no mês. Tenho análise de stats pelo time de 3 em 3 meses, mas sempre me preocupo em ver como elas estão. E também, de falar sobre poker com meus amigos. Estou tentando ter uma rotina mais ativa, indo para academia regularmente. Ainda falho na alimentação rs, mas tudo é um processo! E é assim que estou construindo minha rotina rumo a minha melhor versão.
Hoje, repito para mim todos os dias que eu tenho que estar satisfeita com o que me proponho a fazer e o que eu consigo executar. Se isso estiver alinhado, tudo bem. O resto é consequência. Mas, nem sempre foi assim, como contei para vocês no post anterior. Nem sempre foi assim e por vezes o pensamento negativo vem a mente. Precisa ser um exercício diário para não cair nele e "voltar para os eixos"
Sigo tentando, por vezes conseguindo, por vezes não, mas com certeza, no caminho.
Que ótimo que seu namorado também joga pôquer... Eu gostaria de ter esse tipo de compreensão da minha esposa também 🥲
oii Victor! Realmente namorar um jogador (a) de poker é um desafio. Nossa rotina é muito diferente. Perder os Domingos? Pra quem não entende parece o fim do mundo, né? Então assim, é preciso ter muito diálogo entre as partes. A outra pessoa precisa entender a seriedade do trabalho. Eu uso o seguinte exemplo que talvez te ajude aí: e se vc fosse dono de uma padaria/restaurante que abre de segunda a segunda e só com você lá a coisa anda. Não dá pra colocar funcionário pra fazer o seu trabalho... será que teria o mesmo peso ou a pessoa entenderia pq aos olhos da sociedade parece um trabalho "mais digno". Se escolhemos esse caminho, infelizmente, temos que ser didáticos até a pessoa entender. E se não entender... é preciso repensar sobre as coisas que realmente queremos na vida. Lógico que é preciso ter equilíbrio em tudo, mas trabalho é trabalho.