Três dicas que me guiam em um jogo

Desde que comecei a jogar, sempre tive interesse mínimo em estudar. Lembro do primeiro contato com o conteúdo educativo e foi a série da ESPN com a Pokerstars. Isso é uma relíquia! 

A partir dessa série obtive o conhecimento inicial, isso era 2016/17. Mas resumindo a história (que posso contar em um post futuro), voltei a jogar, de fato, em 2022 (ou posso dizer que realmente comecei a jogar em 2022, antes eu ainda só explorava).

Nesse período tive contato com um livro fascinante, e que ainda estou terminando de ler, "A essência do Texas Hond'Em" do Carlos Mavca. Sério, que obra! 

Junto com isso vi outros conteúdos paralelamente, canais no YouTube, etc.. O ponto é que reuni em alguns cards (que às vezes coloco em minha mesa), algumas dicas rápidas, que podem me salvar na hora do nervosismo. Hoje vou destacar três aqui, mas posso escrever também futuramente sobre outras. Bora lá!

1."Tá ganhando no Turn? acaba o game!"

Em muitos jogos, o Turn vai ser a última rodada em que você vai extrair fichas de seu adversário. 

Portanto, cobrar bem nesta etapa do jogo pode ser uma boa alternativa, não apenas como value bet, como uma forma de se defender também. 

Em alguns casos sua trinca do flop pode estar ameaçada por uma possível sequência, ou outras combinações. 

Assim, vejo como ideal, tentar aproveitar desde o pré-flop, extraindo mais um pouco nas rodadas seguintes, até chegar ao turn. 

Muitas vezes vou optar por fazer uma aposta maior do que gostaria que ele pagasse no turn, justamente esperando o fold e  protegendo uma mão de menor valor. 

Claro que se eu tiver o nuts no turn, vou optar por tentar uma trap ou uma aposta que dê espaço para uma value bet no river.

2. "Paciência e disciplina" 

Estas são duas palavras que precisam fazer parte da nossa vida em uma mesa de poker. 

Muitos jogadores afirmam que uma quantidade adequada de mãos em um torneio que você deveria abrir, fica entre 20 e 30%. 

Na prática, seria abrir 25 mãos em média a cada 100 mãos. Nisso, a paciência é uma aliada importante. 

Afinal, pode acontecer de estarmos bons minutos parados e vem aquele KJs, que você sabe que não é tudo isso. 

No entanto, por falta de paciência, a gente paga, acerta um par de K no flop, dá corda pro oponente, vai All in e quando vê, estava jogando contra um AKo e perdeu o torneio por impaciência.

A disciplina também é uma parte rígida do jogo. É chato ter que soltar um QQ, mas se o oponente deu a pinta de que saiu de AK, por exemplo, você vai ter que soltar quando bater o A ou K no bordo.

Disciplina pra pagar um raise pré-flop com um par baixo e foldar depois se não bater a trinca no flop. 

Claro que também é fundamental ter disciplina como uma ponte entre o que você estudou e o que está jogando. 

Isso inclui confiar em sua leitura do oponente, sobretudo, quando acredita que ele está pagando com um kicker menor que o seu, ou está apenas blefando. 

A disciplina e paciência são duas ferramentas que nos ajudam a alcançar o prêmio tão desejado quando entramos em um torneio. 

3. "Proibido dar limp!"

A curiosidade é uma coisa natural do ser humano, não por menos, existe tanta fofoca no mundo!

Então, muitas vezes a gente sabe que aquele 28o não vai dar em nada do SB, mas mesmo assim, a gente paga o UTG+1 que não joga há varias mãos... Tudo bem, isso acontece. 

Mas desde quando comecei a estudar, este é um ponto que vejo muitos "professores" (vamos colocar assim, por mais que na verdade sejam outros jogadores mais experientes ensinando, não deixam de ser professores) martelando e dizendo para não fazer. 

Pode parecer bobinho, contudo, se você tem mania de defender o BB quando alguém manda raise de 1 blind, ao longo prazo isso é custoso. 

Quantas vezes você não chegou no late game e daria um pedaço do seu rim só por 3BB?

Muitas vezes, foram as pequenas somas de fichas desse limp ao longo do torneio que te tirou do torneio antes do esperado. 

Isso sem contar quando a gente não cai na armadilha de acreditar ter o maior par da mesa, e encontra um oponente que estava de KK ou QQ, enquanto defendemos nosso 10Jo acreditando estar arrasando ─ isso é custoso. 

Há situações em que sim, um limp não vai te matar, mas isso é outra história e envolve condições específicas. 

Isso vai te salvar não apenas com o 27, mas também com aquele A4o ou broadways que vão encarar um A10 em posição, etc..

Claro que uma das qualidades do jogador do poker, é ser flexível. Então, obviamente não dá para colocar isso como regra inquebrável, e é necessário entender onde você está e se é um momento adequado para não seguir uma dessas orientações. 

Tenho umas dezenas dessas dicas em alguns lembretes, vou vasculhá-los aqui e trazer mais para vocês. Eu também estou aprendendo, e vi que repassar isso aqui, me faz entender melhor um conhecimento que já estudei, mas normalmente não comento em ligar nenhum e acaba atrofiando