✍ Em teoria será que estamos "mecanizando" nossa forma de jogar? 🔋

       Bom dia, boa tarde, boa noite!!! ❤️

    Jogar pôquer, futebol ou counter srtike, seja qual for a sua opção ou profissão saiba que como no cotidiano na vida de qualquer um teremos decisões a serem tomadas. Estima-se que em média um adulto tome cerca de 35.ooo decisões por dia. Tomar decisões consome energia é preciso entender que temos "decisões" e "decisões", algumas serão no automático outras terão justificativas e também tem aquelas que já sabemos qual será mas ainda sim investimos um pouco mais de energia para nos certificarmos.
          

    Entendendo superficialmente esta questão podemos agora trazer para nosso principal assunto, como estas decisões definem nossos resultados no pôquer? como decisões rápidas ou demoradas podem afetar positivamente ou negativamente nossos resultados? fato é que em uma seção de um jogador regular espera-se que ele jogue ao menos 1.000 mãos onde 70% em média será ação única (fold pré flop) e 30% dependerão de ações futuras. Quando resolvemos jogar uma mão temos por padrão analisar alguns fatores, aprendi um "conceito" se não me engano em 2015 ou 2016 com o jogador profissional de pôquer e referência para muitos que assim como eu começaram a ver flopinhos nesta época. Caio Peçanho ensinava no youtube em seu próprio canal sobre pôquer e me marcou quando ele em seu vídeo apresentou o PSP, siglas para Posição, Stack e Perfil, estar atento a estes três fatores antes de tomar sua decisão no pré flop é fundamental e isso te ajudará na tomada de decisão quanto a jogar ou não aquela mão. Anos passaram este conceito não está mais sendo repassado, pois outras ideias surgiram junto com os solvers e as diversas tabelas de ranges disponíveis. Ainda ouço muito que se seguirmos as tabelas e tivermos um bom pré flop já teremos uma vantagem muito grande, ouço que seguir um padrão robotizado onde teoricamente analisado entre duas situações perfeitas te faz conseguir muitas fichas, uma vez que a maioria dos jogadores não seguem esta linha.

        


    Aqui que começa a polêmica, não por contrapor a teoria, menos por não acreditar que dá certo, mas por não me permitir ser um jogador robotizado. Quando resolvi jogar pôquer foi exatamente pela suas possibilidades quase que infinitas por todas as decisões que temos e por elas serem diversas e terem seus argumentos justificativas em diferentes pensamentos, seja por valor absoluto da mão, por informações do vilão seja por stack efetivo e em que ponto se encontra o torneio, as vezes todas elas, mas existem informações a serem consideradas, sabemos que fatos como stack efetivo também ranges aproximados por posição e tudo que a matemática pode calcular fazem parte das decisões teórica, contra fatos não há argumentos e encerro o texto aqui, correto? Sim e não, não estou argumentando fatos. Sigo concluindo que não existe uma jogada única correta na maioria das decisões que você terá que tomar e assim também será no futebol, conter strike, na vida como um todo. Tenho me questionado se estamos andando na contramão em alguns momentos? ensinando teoria pura nos pautando em análises que dispensam sentimentos, emoções e tratando tudo como tomadas de decisões robóticas disfarçadas de teoria.

        Eu explico: normalmente uma análise de torneio acontece dias e as vezes semanas de ter sido jogado, quando em análise o próprio player reconhece que faria muitas situações diferente que as realizadas naquele dia, isso se dá devido a exclusão de todo o ambiente e pressão daquele momento, será que faz sentido analisarmos de forma fria e calculista de algo tão emocional e quente, será que podemos jogar simplesmente de forma robótica seguindo o que decoramos e assim podemos nos contentar apenas com o ROI positivo? Ou isso também não te faz perder o prazer de jogar? Iremos acertar muito, iremos errar talvez nem tanto, afinal o resultado está em errar menos. Quando me imagino tomando uma ação apenas com receio do que vão falar por estar fora do conceito teórico ou já pressupondo aquela jogada em uma análise com muitos players presentes numa situação completamente diferente do que realmente apresentou-se no momento me faz ficar um pouco preocupado. 

    Qual a validade de um pensamento relativo a outras nuanças para tomada de decisão e como entender qual habilidade principal do jogador? Uma vez que habilidade é individual podendo ser conquistada ou intrínseca será que não estamos anulando isso em prol de um correto que ao contrário do necessário para efetivar o resultado no pôquer que é o longo prazo trará algumas desistências por bloquearem estes pontos e até tirar o brilho que aquele jogador poderá acrescentar as suas decisões? Reforço aqui que não é intenção questionar os métodos, menos argumentar contra, uma vez que estou incluído neste sistema e tenho aprendido muito e aproveito para agradecer o time que faço parte pelo excelente trabalho. A dúvida é apenas se no pôquer não posso ter minha jogada individual como no futebol aquele drible desconcertante ou aquele chute de Trivela em direção ao gol, como no counter strike aquele cluch que te premia com um grafite ou sua habilidade na troca de tiro mesmo seguindo toda uma estratégia.


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    Assim por diante podemos citar diversos exemplos onde a habilidade faz a diferença mesmo em situações com muita estratégia envolvida, me fica a dúvida se estamos dando espaço aos jogadores de pôquer poderem expor suas habilidades, assumirem suas posições, seja agressiva ou passiva mas que possa ser potencializada e não anuladas por uma postura robotizada. Tenho convicção que não falo de mim assim como não me considero habilidoso a este ponto, mas quero ser livre para tomar decisões com pensamentos somando teoria e informações adquiridas na mesa ou em anotações realizadas que validam a tomada de decisão com "desvio" do normal.


Encontrei no wekpedia a seguinte frase:
     "Reconhecer que temos o poder de escolha nos dá uma sensação de controle e responsabilidade sobre nossas vidas. A tomada de decisões é uma habilidade que pode ser aprimorada com prática e conscientização". Ao reconhecer a importância dessas escolhas e aprender a navegar por elas de forma eficaz, podemos não apenas melhorar nosso bem-estar individual, mas também influenciar positivamente o mundo ao nosso redor. Em um mundo repleto de opções, a verdadeira sabedoria reside em saber quando, como e por que escolher".

Alice Salvo Sosnowski 
 fez uma excelente observação em sua coluna da revista Exame/22: "Apesar do senso comum dizer que tomar decisões é uma área comandada pela mente, os neurocientistas explicam que a região do nosso cérebro responsável por isso (chamada córtex orbitofrontal) tem uma ligação direta com as emoções, sentimentos e memórias. Ou seja, tomar decisões está associado ao nosso inconsciente, que guarda nossos valores e crenças mais arraigados. Por isso, a importância de exercitar o autoconhecimento para entender o que nos motiva internamente e por que optamos por um caminho e não o outro.


 Para encerrar a frase que me encorajou a escrever sobre este assunto:
 "Se você está com medo de errar é porque você está diante de uma possibilidade"
 Elton Euler


Um Big GL 🍀

Hoje tem cravada 🏁

Leo Scalco 🩶




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Pai, empreendedor, Cristão e jogador de Poker. 10 anos vendo flopinhos, 2 anos jogando para time. Adoro da testemunhos e trocar experiências, falar sobre mindset e agregar para comunidade de poker.
Comentários (2)

Visão demais Léo, um post interessante de ser lido, traga mais! tmj

1 respostas

tmj irmão!! sucesso sempre!!!!

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